quinta-feira, 16 de abril de 2009

Terceira Razão

NÃO PERTENÇO À IGREJA CATÓLICA ROMANA PORQUE, EMBORA ELA AFIRME CRER NA INSPIRAÇÃO DAS SAGRADAS ESCRITURAS, ANULA TODOS OS SEUS ENSINOS E VERDADES, COLOCANDO SUA TRADIÇÃO EM PÉ DE IGUALDADE E, EM MUITOS CASOS, ACIMA DAS ESCRITURAS.
Para nós, evangélicos, que cremos e batalhamos por tudo que é sério, honesto e de Deus, as Escrituras constituem a única regra de fé e prática. Não aceitamos ensinos que não estejam dentro das Escrituras, como mandamentos ou diretrizes para a nossa vida espiritual em nosso relacionamento com Deus.
Para a Igreja Católica Romana, entretanto, a autoridade da Bíblia é parcial, dividindo-se com a tradição. No TERCEIRO CATECISMO, páginas 152 a 154, lemos o seguinte:
"Tradição é a Palavra de Deus não escita, mas comunicadade viva voz por Jesus Cristo e pelos apóstolos e transmitida inalterada de século em século até nós... à tradição deve dar-se o valor que se dá à Palavra de Deus revelada, contida nas Sagradas Escrituras... na Escritura não pode haver erro, porque sendo toda ela inspirada, o autor de todas as suas partes é o mesmo".
Para dar o mesmo valor à Tradição como às Escrituras, deve-se concluir que as duas são iguais, tanto a oral como a revelada são inspiradas, o que para nós, evangélicos, é inaceitável, pois bem sabemos quem são os autores da tradição.
Nós, evangélicos, cristãos autênticos, estamos de acordo com Jesus, os apóstolos e os profetas que ministraram em nome de Deus e nos ensinaram que as Escrituras Sagradas, e somente elas, nos ensinam tudo que nós é necessário para a nossa relação com Deus. Observemos algumas passagens das Escrituras:
"À Lei e ao Testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva" (Isaías 8:20).
"Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça" (II Timóteo 3:16).
"Examinais as Escrituras, porque vós julgais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam" (João 5:39).
Jesus proclamou a infabilidade das Escrituras quando disse: "A Escritura não pode falhar" (João 10:35).
Na parábola do rico e Lázaro, os irmãos do rico tiveram testemunho suficiente, pois Jesus disse: "Eles têm Moisés e os profetas; ouçam-nos" (Lucas 16:29).
Jesus repreendeu os saduceus que adulteravam as Escrituras com suas tradições: "Errais, não conhecendo as Escrituras" (Mateus 22:29).
Após a ressureição, afirmando a necessidade de sua morte, Jesus disse: "E começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras" (Lucas 24:27).
Pedro escreveu: "E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vossos corações. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo" (II Pedro 1:19,21).
Notemos que todos os textos citados (alguns apenas) afirmam categoricamente a inspiração das Escrituras Sagradas, não mencionando nada da Tradição.
Já no tempo de Jesus, havia muitas tradições que os judeus davam precedência sobre as Escrituras. Tais tradições não foram nunca citadas por Jesus, exceto para condená-las. Vejamos algumas:
"Deixando o mandamento de Deus, retendes a tradição dos homens. Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição. Invalidando assim a palavra de Deus pela vossa tradição..." (Marcos 7:8,9,13).
"Porque transgredis vós também o mandamento de Deus pela vossa tradição? E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus" (Mateus 15:3,6,9).
No começo do Velho Testamento, Moisés já advertia o povo de Israel contra esse perigo: "Nada acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuiréis dela, para que guardeis os mandamentos do Senhor vosso Deus, que eu vos mando" (Deuteronômio 4:2).
O apóstolo João, no Apocalipse, registrou a severa condenação para os que acrescentassem ou retirassem algo da palavra inspirada: "Eu, a todo aquele que ouve as palavras desta profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro; e se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa, e das coisas que se acham escritas neste livro" (Apocalipse 22:18-19).
Por isso também, não posso ser romanista, porque, ao aceitar a Tradição, perdemos a comunhão com Deus e nos metemos debaixo de terríveis condenações mencionadas nas Escrituras Sagradas.

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